Padres da Paróquia

Pároco Padre Gilvan Elesbão; e Vigario paróquial Padre Giovane Sousa

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COROA DO ADVENTO

Origem

Não se sabe quando a primeira coroa do Advento foi criada. Rituais pagãos incluíam com frequência velas acesas em uma coroa para simbolizar esperança pelo retorno do sol no meio do inverno. Na Idade Média, os cristãos emprestaram este costume antigo e o incorporaram à celebração do Natal. As religiões católica e luterana estavam entre as primeiras a adotarem formalmente a coroa do Advento.

Coroa

A coroa do Advento é feita de ramos de abeto, simbolizando a vida eterna. O círculo representa o amor contínuo de Deus, sem começo e sem fim, assim como a imortalidade da alma.

Cores das velas

Cada uma das quatro velas coloridas na coroa do Advento representa uma semana que antecede o Natal. Tradicionalmente, três velas são roxas e uma é rosa. A última vela é branca e está localizada no centro da coroa. Ela é acesa na véspera ou no dia de Natal.

A origem da vela rosa

Antigamente era uma tradição que o papa entregasse uma rosa a alguém no quarto domingo de quaresma antes da Páscoa para "animar" o tom soturno da estação. Antes da comercialização em massa do Natal, o Advento também era um tempo solene, em que as pessoas jejuavam para se preparar para o feriado. A tradição da rosa se tornou parte do terceiro domingo do Adento. Eventualmente, a terceira vela também se tornou rosa.
Simbolismo da vela
As velas são tradicionalmente acesas na seguinte ordem: roxa, roxa, rosa, roxa, branca. A primeira é chamada de "Vela da Esperança." ela simboliza a fé em Deus mantendo suas promessas para a humanidade. A segunda é chamada de "Vela da Preparação," que lembra os cristãos para "se prepararem" para receber Deus. A terceira vela é a "Vela da Alegria." Ela recorda os anjos cantando alegremente sobre o nascimento de Cristo. A quarta vela, a "Vela do Amor," lembra os cristãos que Deus os ama o suficiente para enviar seu único filho à terra. A "Vela de Cristo," a vela branca no centro, representa o próprio Jesus Cristo.

Rituais

Algumas fés cristãs incentivam as famílias a acenderem uma vela na coroa todos os dias durante o Advento, seguido por leituras da Bíblia, cânticos e oração. Durante a primeira semana, uma vela é acesa a cada dia. Durante a segunda semana, duas velas são acesas e assim por diante.

Variações

Há muitas interpretações sobre as velas do advento. Alguns acreditam que as velas representam Esperança, Amor, Alegria e Paz. Alguns acendem a vela rosa no último domingo antes do Natal, e não no terceiro. Outros usam quatro velas roxas. Em todas as tradições, o simbolismo faz parte da fé cristã..


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1º Domingo do Advento - Acende-se a  PRIMEIRA VELA –ROXA
A primeira vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva.
  A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal,  onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a  humanidade. Lembra ainda o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda  nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá.
Oração:
A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da  alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

2º Domingo do Advento - Acende-se a  SEGUNDA VELA – VERDE
A segunda simboliza a fé de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida.
A segunda vela acesa nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá.  Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.
Oração:
A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da  alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

3º Domingo do Advento - Acende-se a  TERCEIRA VELA – VERMELHA
A terceira lembra a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna.
A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus.  A cor litúrgica de hoje, o rosa,  indica justamente o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudette,  onde transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.
Oração:
Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto"

4º Domingo do Advento - Acende-se a  QUARTA VELA BRANCA

A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.
  A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador,  nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vêm a este mundo e  também os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador.
Oração:

Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo;  abra-se a terra, e brote o Salvador!

domingo, 30 de novembro de 2014

ADVENTO

                A ESPERA DA VINDA DO MESSIAS




A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive aalegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico). 
Como se estrutura o Tempo do Advento
O tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da solenidade do Natal. Ele começa na tarde (1ª Vésperas) do primeiro domingo após a Solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (1ª Vésperas) do Natal. Ele possui quatro semanas e, por isso, quatro domingos celebrativos. O terceiro domingo do Advento é chamado de domingo da alegria (gaudete, em latim) por causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proximidade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.

As figuras Bíblicas principais do Advento
Dois personagens bíblicos ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Batista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da salvação. Em ambos se manifesta a realização da esperança messiânica judaica e o anúncio da plenitude dos tempos.

“Atentos e vigilantes”
A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes básicas: a preparação para receber o Cristo; a oração e a vivência da esperança cristã. A preparação para receber o Senhor se dá na vivência da conversão e da ascese. Precisamos ter um olhar atento sobre nós e a realidade que nos cerca e nos empenharmos para correspondermos com a ação do Espírito de Deus que quer restaurar todas as coisas. O nosso relacionamento com o nosso corpo e os nossos afetos, com nossos familiares e pessoas íntimas, nossa participação na vida eclesial e social devem estar no foco de nossa atenção. A preparação para celebrar o Natal demanda uma confissão sacramental bem feita e um propósito firme de renovação interior.

“Orai a todo momento”
Este tempo é marcado por uma vivência mais profunda da vida de oração. A leitura orante deste período nos coloca em contato com as profecias de salvação do Antigo Testamento, com a expectativa que os cristãos da Igreja primitiva tinham da Parusia e com os eventos principais que antecederam o nascimento de Jesus. A recordação dos eventos que antecederam a primeira vinda de Cristo se torna a base da preparação da Igreja para o novo Advento do Senhor. A Santa Missa e a Liturgia das Horas são os principais momentos celebrativos. Os exercícios de piedade, como a oração e a meditação dos mistérios gozosos do Rosário, a oração do Angelus Domini e a Novena de Natal podem ser um caminho feliz para a vivência da oração comunitária neste tempo.



“Para ficardes em pé diante do Filho do Homem”
Cada um de nós, apesar do pecado e do mal que nos cerca, deve desejar sempre mais a felicidade, aceitando que, em última análise, ela é o Reino dos Céus, a vivência em comunhão plena e eterna com Deus. Para isto é necessário vivermos dirigindo nossa vida para esta meta, colocando nossas forças no socorro da graça do Espírito Santo. Deus já nos criou desejando a felicidade. Contudo, por causa do pecado, vamos procurando nas criaturas aquela completude que só pode ser vivida na comunhão com o Criador. O Advento nos propõe entendermos todas as coisas na sua relação com Deus e usarmos elas como meios de estarmos com Ele, colocando nossa esperança nas realidades que não passam.

sábado, 25 de outubro de 2014

ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL

 ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL

TU ÉS SACERDOTE PARA SEMPRE SEGUNDO A ORDEM DO REI MELQUISEDEC
Hebreu 5, 5-7
Como nos ensina a Sagrada Teologia, o Senhor Jesus é o único Sumo Sacerdote do Novo Testamento, mas, n’Ele, todo o povo santo de Deus foi constituído também povo sacerdotal. No entanto, o mesmo Senhor, dentre todos os seus discípulos, escolhe alguns em particular para que, exercendo publicamente na Igreja, em seu nome, o múnus sacerdotal a favor de todos os homens, continuem a sua missão pessoal de Mestre, Sacerdote e Pastor.

PE. BARTOLOMEU
PE. EDSON
PE. ÉDER CARLOS
Na verdade, os sacerdotes são configurados com Cristo Sumo e Eterno Sacerdote, isto é, consagrados como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento e, por este título, são anunciadores do Evangelho, pastores do Povo de Deus e presidem os atos de culto, especialmente à celebração do Sacrifício do Senhor.
São João Batista Maria Vianney costumava dizer que "se tivéssemos fé, veríamos Deus oculto no sacerdote, como a luz por trás da vidraça, como vinho misturado na água". E, nesta profunda intimidade com o Senhor, são convocados pessoalmente pelo Mestre a cuidar para que, “enxertados na videira”(cf. Jo 15, 4-8), possam oferecer a Deus os frutos de seu ministério.
Sobre isso, ainda, o Papa Francisco falou aos Bispos da JMJ, Sacerdotes, Religiosos e Seminaristas: “Não é a criatividade, por mais pastoral que seja, não são os encontros ou os planejamentos os que asseguram os frutos, se bem que ajudam e muito, senão o que assegura o fruto é serem fieis a Jesus, que nos disse com insistência: ‘Permanecei em mim e eu permanecerei em vós’ (Jo 15,4). (…) O ‘permanecer’ com Cristo não significa ‘isolar-se’, senão um permanecer para ir ao encontro dos outros”(27.VII.2013).
Fonte: Rafael Archetti - Diocese de Nova Fribugo
Parabéns padres pelas pessoas  que vocês são como seres humanos e como  sacerdotes que se tornastes, verdadeiro anunciadores de Cristo levando a palavra de Deus a todos os lugares por onde passares.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

DNJ


DNJ FEITOS PARA SERMOS LIVRES E NÃO ESCRAVOS


                FORANIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
                          DIA NACIONAL DA JUVENTUDE





01 DE NOVEMBRO 2014
À partir das 14h00min - Conjunto Costa Esmeralda









domingo, 24 de agosto de 2014

AGOSTO MÊS VOCACIONAL

                                     


                                       DEUS NOS CHAMA A CADA MOMENTO


´´ Chamou os que ele quis: É foram a eles `` (Marcos 3,13)
Em agosto, celebramos o mês das vocações, um tempo de reflexão sobre o chamado de Deus. Precisamos estar atentos, pois o Senhor nos chama a cada momento e espera nossa resposta. O primeiro chamado é para fazermos uma experiência pessoal com o Senhor, e permitir que Ele transforme nossa vida. Depois somos enviados para os mais variados ministérios, sejam eles sacerdotal, religioso, matrimonial ou profissional.
























O que é Vocação:

Vocação é um termo derivado do verbo no latim "vocare" que significa "chamar". A vocação é uma inclinação para exercer uma determinada profissão ou um talento (aptidão natural) para executar algo.
O sentido original expressa um chamado espiritual para que as pessoas sigam uma religião ou uma missão divina destinada a alguns cristãos para exercerem o sacerdócio. A vocação sacerdotal é vista como um chamado de Deus por aqueles que se sentem inclinados a exercerem o ministério paroquial.
A vocação profissional é formada por um conjunto de aptidões naturais e interesses específicos do indivíduo que o direcionam na escolha de uma profissão. O teste vocacional é um instrumento que pode auxiliar aqueles que estão indecisos sobre qual carreira profissional seguir.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA

Tema central:

“A Espiritualidade cristã na Família:

um casamento que dá certo”.

De 10 a 16 de Agosto de 2014

 Efésios 5, 21-33

21. Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.

33. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.

32. Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja.

22. As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,

23. pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.

24. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.

25. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,

26. para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,

27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.

28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

29. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja -

30. porque somos membros de seu corpo.

31. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24).





A Palavra de Deus que é a Bíblia Sagrada nos mostra no princípio de tudo a formação da Família, este versículo (Gn 2, 24) é exatamente a constituição da Família que na verdade sem ela não existiria humanidade porque não existiria a procriação da espécie que depende 100% de uma Família bem constituída.

Desde o princípio até o final da Bíblia Deus se refere à Família e a põe como exemplo e modelo até mesmo de sua Igreja que será eterna.

Os versículos acima citam uma noiva que será buscada pelo Noivo, uma Noiva pura, sem ruga e sem mácula que será desposada pelo Filho de Deus que é Jesus, esta Noiva é identificada como a Igreja, mas ao mesmo tempo ela prefigura um Matrimônio perfeito, onde não há infidelidade, engano, mentira ou dissolução.

Deus cita a união da Igreja como um exemplo de Matrimônio perfeito ou será que cita um Matrimônio para que entendamos o que realmente ele espera de nós como filhos e Fieis em sua Igreja ?

Qualquer que seja a resposta, a verdade é que para Deus o Matrimônio é a menina dos olhos de Deus e para Ele não existe nada mais importante na face da terra.

Muitos dizem apenas que Deus escolheu uma mulher chamada Maria para ser Mãe de Jesus, mas a Bíblia é bem clara referente a este chamado, Deus não escolheu Maria apenas, Ele escolheu o Casal (Maria e José) ou será que nos esquecemos que eles já eram casados e para Deus existe apenas uma só carne após o Matrimônio, tanto é que ele mando o anjo à casa de uma jovem (DESPOSADA) chamada Maria, ou seja o fato dela ser casada era uma das qualidades que Deus precisava para que ela fosse Mãe de seu Filho Jesus nesta terra.

Deus poderia ter enviado Jesus assim como Ele enviou vários Anjos para nos dar uma mensagem, poderia ter escolhido Maria para ser mãe solteira, mas não, porque o Matrimônio de Maria com José era uma prerrogativa essencial deste chamado e desta missão Divina.

O Casamento em Caná da Galiléia é mais uma prova deste amor de Deus pelo Matrimônio, foi em um casamento que Deus escolheu para que Jesus se manifestasse pela primeira vez neste mundo e foi lá que Ele declarou evidentemente que sua prioridade antes de mais nada é a vida familiar cheia de paz e alegria, fato demonstrado pela quantidade excessiva de água transformada em VINHO.

Portanto não há como negar que através do Sacramento do Matrimônio Deus realiza maravilhas na vida do casal e nos dá a capacidade de vencer todas as dificuldades de uma vida a dois, mas muitas vezes muitos casais que não se abriram completamente ao Matrimônio não entendem como um homem e uma mulher tão diferentes entre si conseguem se amar e viver uma vida inteira juntos.

Este é o segredo da Unidade que Deus realiza através deste Sacramento e como todo Sacramento Ele também é um presente, um presente prá você que precisa ser aceito de todo coração, não apenas aceito e guardado na gaveta do armário da cozinha ou do guarda-roupa, mas colocado em prática no seu dia a dia da vida Familiar.


sexta-feira, 30 de maio de 2014

SANTO DO DIA

                    30 de Maio - Santa Joana d'Arc


                        


Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas. 

Ouvia as "vozes" do arcanjo Miguel, das santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Os pais, no início, não deram importância , depois acharam que estava louca e por fim acreditaram, mas temeram por Joana.

A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto.

Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus.

E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão.

Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa.

A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen.

Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

SANTO DO DIA

                             29 de Maio - Santa Úrsula Ledochowska

             

Júlia Ledochowska pertencia a uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto-geral dos jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses que residiam na Áustria.

Até o final da adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula em 1899.

Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua segurança. Em 1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou para o seu convento na Polônia.

Atendendo um antigo anseio interior, em 1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.

Madre Úrsula Ledochowska faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que conserva as suas relíquias. O papa João Paulo II, em 1983, a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

SANTO DO DIA

                                 Santa Rita de Cássia


                
                             

Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

COMO FUNCIONA A NOSSA PARÓQUIA

PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO MÁRTIR
Criada por Decreto Prelatício de 02 de janeiro de 1977, desmembrada da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
AV. PREFEITO JOÃO DE SOUSA LIMA Nº 486
BAIRRO: SENADOR
CEP: 77807-160
E-MAIL: paróquia_saosebastiaoaraguaina@hotmail.com

                                                HORÁRIOS DE MISSAS
DOMINGO
MATRIZ SÃO SEBASTIÃO
07h00min 
18h00min
19h30min

CAPELA SÃO FRANCISCO DE ASSIS- SETOR URBANO
08h15min

CAPELA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - SETOR TECNORTE
08h15min

CAPELA NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ - VILA RIBEIRO
09h30min

CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA - JARDIM PAULISTA
17h30min

TERÇA-FEIRA - MATRIZ SÃO SEBASTIÃO
07h00min
 Quarta- feira, Quinta-feira e Sexta-feira 
Missa 06h15min

QUARTA-FEIRA
CAPELA SANTA  CLARA - CÉU AZUL
19h30min

QUINTA-FEIRA
CAPELA DIVINO ESPÍRITO SANTO
19h30min

SEXTA-FEIRA
CAPELA NOSSA SENHORA DOS MILAGRES
19h30min

SÁBADO
CAPELA SANTA TEREZINHA
18h30min
CAPELA SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
19h30min





SANTO DO DIA

                         16 de Maio - São João Nepomuceno




João nasceu em 1330, em Nepomuk, na Boêmia, atual República Checa. Apesar de os pais serem pobres e ter idade avançada, João conseguiu formar-se doutor em teologia e direito canônico na universidade de Praga, uma das mais modernas e avançadas da época, fundada pelo rei Carlos IV. Mas desde muito cedo João sabia que sua verdadeira vocação era o sacerdócio, a pregação.

Quando, finalmente, recebeu a unção sacerdotal, pôde colocar em prática o seu talento de orador sacro, e o fez de forma tão brilhante que foi convidado a ser capelão e confessor na corte, onde teve muito trabalho, pois o rei Venceslau IV era uma pessoa difícil e de mau-caráter. Mas a rainha e imperatriz Joana da Baviera era muito pia, bondosa e caridosa, e o tomou para diretor espiritual e confessor particular.

Não se sabe exatamente como foi seu martírio e como tudo ocorreu, mas o rei Venceslau, que desejava controlar a Igreja, não estava satisfeito com a possível chegada de um novo bispo, enviado por Roma a pedido da rainha.

A tradição lembra, porém, que o rei teria exigido que João violasse o segredo da confissão da rainha, coisa a que ele se negou e, por isso, foi torturado e morto. Depois, às escondidas, seu corpo foi jogado nas águas do rio Moldávia, em 16 de maio de 1383.

No dia seguinte, a população percebeu um cadáver boiando no rio, circundado por uma luz misteriosa com cinco estrelas. Ao recolhê-lo, reconheceram que se tratava do capelão João. A cidade toda, então, ficou sabendo o que acontecera com ele e reconheceu no rei Venceslau o autor daquela crueldade. Assim, em procissão, o corpo foi levado e enterrado na igreja da Santa Cruz, onde permanece até hoje.

Em 1729, ele foi canonizado. Hoje são João Nepomuceno é celebrado como o mártir da confissão e venerado por todos os habitantes da cidade de Praga.

                               16 de Maio - Santo Ubaldo



                      

Ubaldo nasceu de nobre família alemã em 1085, na cidade de Gúbio, Itália. Entretanto foi criado por um tio, porque ficou órfão ainda muito criança. Aos quinze anos de idade, resolveu que seria monge ermitão, para estar longe do burburinho e das ilusões da cidade. Seu tio não permitiu, preferindo que ele fosse conviver com os cônegos de São Segundo, para completar os estudos. Com eles Ubaldo ficou até ser chamado pelo bispo João, que o ordenou sacerdote em 1114 e o manteve como auxiliar incansável na reforma eclesiástica que promovia naquela diocese.

Mas neste mesmo ano foi eleito prior da comunidade religiosa de São Mariano, nos arredores de Gúbio, e titular da catedral. À pequena comunidade ele deu um novo desenvolvimento ascético, nos moldes de são Pedro Damião, que tinha transformado o mosteiro de Fonte Avelana em um centro exemplar de vida religiosa. E para lá se dirigiu também Ubaldo, depois do incêndio de 1126, que destruiu a catedral e a comunidade, com os religiosos tendo de se dispersarem.

Acontece que Ubaldo teve atuação tão exemplar nesse período, que em 1129 foi nomeado bispo de Gúbio pelo papa Honório II, que o consagrou pessoalmente. Assim ele voltou para sua cidade, agora também sua sede episcopal. Além de ganhar a confiança do povo quase de imediato, por causa da defesa intransigente dos fracos e oprimidos pelos senhores feudais, Ubaldo passou a ser considerado herói por ter evitado a invasão da cidade pelo terrível Frederico Barba-Roxa, em 1155. Para isso usou suas armas mais eficazes: persuasão, caridade e doçura.

Ubaldo era um pacificador. Diz a tradição que, certa vez, ele se colocou literalmente entre dois grupos adversários que brigavam no centro de Gúbio. Somente ao ver seu amado bispo no chão, ferido pelos participantes de ambos os lados, é que o povo percebeu a violência descabida praticada, a luta cessou e a paz passou a reinar na cidade.

Ele morreu no dia 16 de maio de 1160, tendo sido proclamado padroeiro de Gúbio imediatamente após o falecimento. Com isso a sua canonização foi rápida, ocorrida pouco mais de trinta anos depois. Em 1192, foi proclamado santo Ubaldo, sendo celebrado no dia de sua morte.

                                     16 de Maio - Santo André Bobola



                                                


Filho de pais nobres, cristãos e poloneses, André nasceu no dia 30 de novembro de 1591, na cidade de Sandomir. Aos vinte anos, ingressou no seminário dos jesuítas de Vilna, atual Vilnius, Lituânia. Lá se ordenou sacerdote em 1622, com o desejo único de evangelizar, mas acabou se tornando enfermeiro durante uma epidemia de cólera, dando prioridade a esse trabalho.

Depois foi eleito superior em Bobruik, percorrendo a região por vinte anos, com seu apostolado de pregação e evangelização. O sacerdócio era um risco contínuo nesse território devastado pelas freqüentes guerras entre poloneses, lituanos, russos "brancos" e "moscovis", suecos e cossacos. Esses nômades foram também para a Polônia, que tentava controlar o ingresso com normas rígidas de permissão, sem interromper, contudo, os confrontos sangrentos.

Além do conflito político, havia o religioso entre os católicos romanos; os cristãos orientais, divididos entre si; e os grupos da Reforma. É nesse cenário que padre Bobola marcou sua presença de fé tranqüila e pacífica, alicerçada pelo estudo e pelo gosto pessoal pelos diálogos e debates vigorosos com as demais pessoas.

Ele não vivia sem a pregação. Todos, católicos ou não, admiravam sua coragem. Os inimigos o chamavam de "caçador de almas", com uma aversão que era mais um reconhecimento ao seu valor e a sua coragem diante de tudo e de todos.

Uma revolta dos cossacos, a serviço do Império Russo, inimigo da Polônia, desencadeou uma perseguição político-religiosa sem precedentes. As igrejas, conventos e seminários foram incendiados e os católicos, torturados e martirizados. Todavia padre André Bobola não desistiu do apostolado, nem diminuiu sua pregação. No dia 16 de maio de 1657, os cossacos o capturaram e, após muito suplício e tortura, foi cruelmente assassinado.

Os católicos levaram seu corpo para Pinsk, onde todos foram venerá-lo, mesmo os ortodoxos e os dissidentes. Ali suas relíquias repousaram até o ano de 1808, quando foi trasladado para Polock, na Rússia Branca, antiga União Soviética.

Em 1922, depois da revolução bolchevista, seu corpo foi levado para um museu médico em Moscou. Mas no ano seguinte o entregaram a uma comissão de jesuítas, depois de acertos oficiais entre o papa Pio XI e as autoridades do governo russo.

Assim, a urna do jesuíta mártir foi conduzida a Roma, em 1924, e depositada na igreja de Jesus. Em 1938, o papa Pio XI o proclamou santo e suas relíquias seguiram, numa última viagem, a Varsóvia, Polônia. Santo André Bobola viveu apenas sessenta e seis anos, mas seu corpo viajou por toda a Europa ao longo de três séculos. Ele foi declarado padroeiro da Polônia, junto com Nossa Senhora de Czestochowa, e apóstolo da Lituânia.

                              16 de Maio - São Simão Stock




Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país.

A família, cristã e pia, proporcionou-lhe uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente, freqüentou o colégio de Oxford desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.

Aos doze anos, deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era o velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão "Stock". Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência.

Certa noite, sonhou com Nossa Senhora, que lhe dizia para juntar-se aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem a Maria naquele mosteiro na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram à Inglaterra. Simão pôde, finalmente, receber o hábito da Ordem.

Após dois anos, por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente, em 1216, ocupou o cargo de vigário-geral de todas as províncias européias.

Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras ordens, e a dos carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias, Simão Stock, então prior-geral, enviou delegados ao papa Honório III para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda a Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma.

Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, que lhe mostrou o santo escapulário da Ordem, dizendo-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". Mandou distribuí-lo aos monges da Ordem para tranqüilizá-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.

Depois chegou a decisão do papa Inocêncio, por meio de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue a ele pelos representantes que voltaram. Nela, o sumo pontífice informava que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos.

A devoção ao escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu, com quase cem anos, em 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa a são Simão Stock é celebrada, no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu calendário litúrgico.

                 16 de Maio - Outros santos e beatos


São Peregrino bispo de Auxerre, mártir (†304)Neste dia, no calendário cristão, celebra-se a memória de dois santos com esse nome: dois bispos que viveram no tempo das perseguições, nos três primeiros séculos.Um deles, o bispo de Auxerre, na Gália, foi martirizado em 304 — ano que conta com o maior número de mártires, durante o império de Diocleciano. O outro, são Peregrino, morto em 138, era bispo de Terni e é lembrado porque a catedral dessa cidade da Úmbria leva seu nome.
Ambos romanos, foram enviados como missionários pelo papa às respectivas sedes episcopais. De fato, o bispo de Auxerre foi o primeiro evangelizador da cidade e o pastor da primeira comunidade cristã, antes mesmo da criação da sede episcopal.
As notícias a seu respeito provêm da Passio Peregrini, a qual remonta ao século VII. Nela se narra que o papa Sixto I enviou o padre romano Peregrino com mais alguns companheiros em socorro dos cristãos da Gália, duramente perseguidos pelas autoridades imperiais. Antes da partida, sagrou-o bispo. 
Após ter pregado em Autricus (Auxerre), Peregrino ampliou seu campo de atuação, estendendo-o até Interammis (Entrains-sur-Nohain). Chegou à cidade no dia da celebração anual em honra de Júpiter. Era o momento menos oportuno para pregar o Evangelho, mas Peregrino quis correr o risco. 
Foi imediatamente preso e arrastado até junto do altar, onde o sacerdote dos deuses o intimou a fazer a oferenda ritual. Em face da recusa, recebeu graves maus-tratos. 
E como persistisse a proclamar em alta voz, diante do povo, que era ele o mensageiro do único Deus, levaram-no à presença do imperador, que estava em visita à cidade. Novamente interpelado, foi flagelado e por fim decapitado.O corpo do mártir, enterrado na igreja de Bouhy, no século VII, foi transferido para a abadia de São Dionísio.

São Possídio (370-444) — bispo. Discípulo predileto de santo Agostinho e seu primeiro biógrafo, viveu junto ao mestre até as últimas horas de vida e com ele compartilhou os sofrimentos por ocasião da trágica devastação de Hipona. Ao fim da pilhagem da cidade, promovida pelos vândalos de Genserico, Possídio, bispo de Calama (na Numídia), foi expulso pelos arianos. Terminou seus dias na Puglia, depois de ter combatido ao lado do mestre contra donatistas e pelagianos.
Santo Abdas (†420) — bispo da Pérsia, martirizado com sete padres, nove diáconos e sete virgens.
Santo Adão (†1212) — eremita; a seguir, abade de São Savino, nas cercanias de Fermo, em cuja catedral se guardam suas relíquias.
Santo Alnoberto (†689) — bispo beneditino de Séez.
São Brendano, o Viajante (†583) — um dos três mais populares santos irlandeses, fundador de mosteiros e infatigável viajante. Segundo a lenda, ele teria estado entre os primeiros que aportaram ao continente americano.
São Carantock — abade galês no século VI.
São Dônolo (†581) — bispo de Le Mans.
São Fidolo ou Phal (†540) — abade de Aumont.
São Forte (século I) — bispo de Bordéus; mártir.
São Francorveu de Nevers — monge no século VII.
São Germério (†560) — bispo de Tolosa.
Santo Hilário (†376) — bispo de Pavia.
santo Honorato de Amiens (†600) — bispo. A ele é dedicada a igreja parisiense de Saint-Honoré.
santa Máxima — virgem venerada em Frejus.

são Primácio (†450) — inglês, tornou-se eremita na Bretanha.